sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


“Perdi alguma coisa que era essencial e já que não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive. Apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia parte de mim, uma coisa encontrável por mim mesma, e sem querer precisar me procurar”.

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