sábado, 6 de novembro de 2010

Já pensou que o trem estivesse seguindo quando na verdade ele estava parado?

Eu estou sentada em uma das poltronas desse trem, pensei que ele estivesse seguindo depois de uma parada, mas agora percebo que não, que ele na verdade esteve parado todo esse tempo e eu me sinto de mãos atadas, e não é porque eu não lute para soltá-las; pois isso eu faço, mas não está em minhas mãos a escolha. Na verdade me deparando com o trem parado, tive vontade de descer, esperar na estação por um outro trem que queira seguir viajem, que não se importe com as adversidades e que não vá parar, ou querer fazer a volta. Não consegui, permaneci ali, parada, imóvel, esperando e rezando para que o trem se mova, e ainda estou esperando, mas esperar é doloroso, causa ansiedade, se é que me entende... Esperar é incerto e deixa espaço para duvidas. Mesmo assim eu fiquei, me acomodei na poltrona, comecei a ler um livro, escuto uma musica, e penso muito a respeito, penso muito se não vou querer pular fora quando a ansiedade ficar mais forte ou quando cansar de esperar... Na realidade eu não sei o que esperar, nem sei se devo esperar... Pra ser sincera, me pergunto se o trem não parte por eu ainda estar nele... Mas seria crueldade, se ele não partisse, pelo simples fato de eu ainda permanecer, seria mais fácil e menos doloroso se ele pedisse para que eu me retirasse, logo esqueço essas perguntas, pelo pouco que permaneci nesse trem em movimento, ele não seria dono de uma atitude dessas... Mas talvez, eu realmente devesse descer, e esperar na estação, talvez esse trem siga, talvez não, talvez ele me convide a seguir viajem, talvez não, mas talvez seria a melhor escolha no momento, mas apanhar as malas e descer é tão difícil, que se torna quase impossível fazê-lo... E por mais que seja difícil admitir, eu não quero descer, mas também não quero viver a mercê, não quero viver em duvidas, não quero viver apreensiva... Confiar; nesse momento, eu juro que é o que eu mais tento fazer, mas veja bem -você disse que não iria me decepcionar-  onde estão suas mãos pra que eu possa segurá-las e ter certeza que eu poço confiar?

Mas se vc preferir descemos juntos, eu não me importo, agente dexa esse trem seguir, pegamos o proximo, assim deixamos esse excesso de peso pra traz, viajamos mais leves, sem muita bagagem, eu não me importo se você também quizer esperar, quem sabe tomar um café, cv um pouco, escolher um novo destino ou um outro ponto de partida, que tal se combinacemos nos escontrar naquele lugar, naquele em que agente se viu pela primeira vez e fazer de conta que tudo começa ali outra vez???

Tarsila Alessandra

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