quarta-feira, 21 de abril de 2010

"Deixa tudo que lembrar, eu finjo que esqueço.
Deixa e quando não voltar, eu finjo que não importa.
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito...
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso.
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa.
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande.
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo.
Se o adeus demora, a dor no coração se expande.
Deixa a minha insanidade, é tudo que me resta.
Deixa eu por à prova toda minha resistência.
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro.
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila.
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia.
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava."

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