sábado, 7 de novembro de 2009

Daqui...


Um um pulo do alto mais alto...
Ela saltou e foi sentindo a queda cocerto prazer pernicioso, uma exporexcitação congênita, incontrolável, dominando todos os seus espaços, deixando-a extasiada naquele abismo sem precedentes  que a atraía como imã a um mergulho de sensações.
O vento de uma altura daquelas é gelado, mas conforta o corção; dá medo, mas também vontade de continuar. Ela não se esqueceu da altura  indeterminada e que poderia passar o  resto da  vida  ali, mas já se jogou a um tempo considerável e é chegada a hora da colisão.
Pensou enquanto caia "la embaixo algo pode me amparar, suavemente"... Agora, mais perto, acha que não. Ainda não vê o final, mas sente que não há nada esperando por ela.E todo mundo sabe o que vai acontecer...Quando um corpo se joga de certa altura, alcança determinada velocidade e o atrito é inevitável. Cabeças vão rolar, corações hão de se expor e contornos deixarão de ser pernas para se tornarem quebra cabeças.
Ela avisou "não me solte"...mas é complicado quando o corpo tende a cair por si só e do outro lado há um abismo natural, os braços não aguentam...

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